O VoD é uma ameaça para as operadoras de TV?

Publicado por Glaudir Schlemper em

Você viu no nosso texto sobre “O que é VoD” que o brasileiro tem passado cada vez mais tempo assistindo vídeos online. Segundo os dados, são em média 11,2 horas dedicadas a assistir conteúdos que podem ser segmentados e representam um potencial comercial enorme para as programadoras e emissoras de TV. Mas e as operadoras, como se inserem nesse contexto? Tirando o melhor proveito disso, é claro. Segundo reportagem publicada no portal ADNews, uma tela não é capaz de excluir a outra, mas sim complementar. A reportagem traz, entre outras, a opinião de Antônio Barreto, consultor estratégico da Turner Brasil que diz: “O que importa é ter um conteúdo de qualidade, que crie conexão com os fãs, independentemente da plataforma que ele está”.

VoD como oportunidade, não vilão

Até pouco tempo atrás, os pessimistas sobre o futuro da TV paga viam a internet e as plataformas de vídeo sob demanda apenas como ameaça. Mesmo que ainda exista essa polêmica, a boa notícia é que hoje já se sabe que as pessoas continuam dispostas a pagar por conteúdo, talvez até mais do que antes. O grande diferencial, no entanto, precisa estar na qualidade dos serviços prestados e no quanto as operadoras de TV estão dispostas a aderir às novas tecnologias e incluir o VoD como aliado.

A concorrência não é mais a mesma, é verdade. Hoje há muito mais oferta de conteúdo e   plataformas VoD de todos os tipos. Porém, a grande e importante novidade é que esse cenário abre espaço para pequenos e médios empresários, mas não tira terreno das grandes. As produções elaboradas em parceria com grandes programadoras e ampla divulgação continuam tendo seus espaços cativos e de abrangência maior, mais popular. Porém, o que de mais interessante a se observar é a oportunidade que se trabalhar localmente com VoD, ofertando aquilo que é de interesse de um público específico.

Para que essas perspectivas deem certo, é preciso modificar a lógica de pensamento. A partir do momento que as programadoras se enxergam como produtoras de conteúdo, independente da plataforma e não mais como canais de TV, um mundo de possibilidades de segmentação se abre. Determinado programa passa a fazer sentido em alguns locais de um jeito, em outros de outro. Essa segmentação vai depender muito do conhecimento das operadoras e da capacidade de venda de cada uma delas.

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Nova geração e publicidade: os maiores desafios do VoD

Hoje já se sabe que gastar energia na competição TV Paga x VoD x Internet é tempo perdido. Para a nova geração, que já nasceu com um smartphone nas mãos, não importa de onde o conteúdo vem. Aliás, quanto mais multiplataformas e interativo ele for, melhor. As programadoras já estão pensando nisso e criando conteúdos novos, estudando os padrões de comportamento e experimentando novos formatos. Para as operadoras, é importante encontrar maneiras de viabilizar e vender essa inovação de maneira coerente para o público de interesse.

A publicidade também ganha formatos diferenciados com o VoD, mas também novos desafios. Se sob demanda quer dizer “quando quiser”, isso precisa ser pensado do ponto de vista da mídia paga. Isso porque, na televisão comum, os comerciais são vistos quase como uma obrigação para ter acesso ao conteúdo desejado. Na nova lógica do VoD, o conteúdo publicitário precisa ser tão atrativo e direcionado para o público quanto o programa em si. Caso contrário, a lógica de protagonismo do espectador deixa de fazer tanto sentido.

Sendo assim, aprender e inovar nesse contexto só é possível com pesquisas e aprendizado constante. Esteja atento às novidades, entenda o seu público, não tenha medo de mudar. O momento é de transformação e é preciso abrir os olhos para não ficar para trás.

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