O que é e quais são as vantagens do playout na nuvem?

Publicado por Glaudir Schlemper em

A computação em nuvem, ou cloud computing,  é uma tendência para o mundo organizacional em empresas de todo tipo. O termo diz respeito ao armazenamento de dados em um datacenter externo, ou seja, a empresa não possui quaisquer equipamentos dedicados a guardar dados, tudo fica online e acessível de qualquer lugar. Segundo um artigo publicado pelo portal CanalTech e assinado por Mário Rachid, diretor Executivo de Soluções Digitais da Embratel, vivemos hoje um dos momentos mais disruptivos da história. Para ele, a computação em nuvem permite a inserção de pequenas e médias empresas no mercado e, ao mesmo tempo, estimula que as grandes se reinventem. Nesse contexto, o playout na  nuvem surge não só como inovação, mas como uma necessidade de evolução natural do modo de fazer televisão.

Segundo a 19º edição da Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2018-2022, feita pela PwC, até 2021 o mercado de mídia e entretenimento deve gerar US$ 2,23 trilhões, um crescimento de 4,2% ao ano. Esse incremento de faturamento é impulsionado por mudanças no modo de gestão, transmissão e principalmente consumo de mídia. O aumento de número de acessos à internet e o consequente refinamento da qualidade das redes de transmissão fará com que nossa relação com a web se torne ainda mais importante.

É nesse contexto que se inserem os produtos baseados em nuvem. Se antes existiam incertezas sobre a necessidade e a eficácia desse modo de acesso aos sistemas, hoje já é perfeitamente viável para as empresas confiar determinadas tarefas à nuvem. Por serem mais baratas, simplificadas e possibilitar acesso remoto, soluções como o playout na nuvem são cada vez mais procuradas.

Como funciona o playout na nuvem?

O playout é o software responsável por gerenciar tudo aquilo que será exibido em uma programação de TV. Em operações convencionais, o equipamento é instalado na emissora e operado localmente, assim como os demais sistemas. Nessa situação, preparar todas as playlists é uma tarefa cautelosa , confiada a pessoas específicas, em geral uma para cada local onde a emissora possui operação. Além disso, a manutenção do equipamento em si precisa ser verificada com periodicidade e gera custos adicionais para a empresa.

Diferente do servidor local, assim como qualquer software online, o playout na nuvem fica hospedado em um datacenter. Na prática, isso significa que ele pode ser acessado de qualquer lugar, sem a necessidade de estar fisicamente na emissora para fazer a gestão das playlists. Por não impor a aquisição de grandes estruturas para o armazenamento de dados, é uma alternativa interessante para a redução de custos de operação e equipamentos em grandes empresas, mas também é uma oportunidade importante as menores.

No que diz respeito à dinâmica de trabalho, veja a seguir como o Playout na nuvem pode ser vantajoso para empresas de todos os portes:

Centralização

Com um servidor local, os funcionários responsáveis pela gestão da programação necessariamente precisam estar no mesmo lugar do equipamento. Com o playout na nuvem isso não é necessário. Se a empresa possui diversas programações simultâneas é preciso apenas uma operação, já que o mesmo funcionário pode gerir playlists de diversas regiões e exibir programações diferentes, totalmente personalizadas.

Para reduzir ainda mais os custos, caso seja interessante para a estratégia de comunicação, a empresa pode optar por criar playlists inteligentes gerenciadas por meio de TAGS. Na prática, o operador seleciona grupos de interesse como “infantil”, “filmes”, “esportes”, por exemplo, e o software escolhe aleatoriamente vídeos que se encaixem dentro destas categorias para exibir. É importante salientar que, apesar ser uma programação automatizada, obedece regras como faixa etária e horário de exibição, além de respeitar diretrizes de vencimento da mídia, caso seja este o caso.

Economia de espaço físico

Uma operação de TV local precisa de um espaço grande para acomodar toda a infraestrutura dos equipamentos. Com o playout na nuvem essa infraestrutura pode ser reduzida consideravelmente. Como tudo fica online, a empresa pode optar por criar apenas uma central de operações e gerenciar as diferentes playlists de forma centralizada, como citado no tópico anterior.

Ainda sobre a estrutura física, há vantagens também na redução de custos de manutenção como limpeza e segurança. Um datacenter local precisa ter cuidados específicos, como o de ser limpo e refrigerado corretamente. Caso contrário, corre o risco de superaquecer e até mesmo causar incêndios. No servidor em nuvem, o local escolhido para a operação fica sob responsabilidade do prestador de serviços e certamente é muito bem controlado em relação à temperatura.

Redução de custos com manutenção

Além dos custos com o espaço físico, a limpeza e a climatização de uma sala de servidor, há gastos também com a manutenção dos equipamentos. De tempos em tempos é preciso revisar e trocar peças, verificar o bom funcionamento e garantir que tudo esteja de acordo com as normas. Apesar de ser viável, a realização dessa tarefa com um bom gerenciamento de processos e um parceiro confiável de prestação de serviços, sempre tem um custo. Com o playout na nuvem, esse custo passa a ser de total responsabilidade do Datacenter. Além disso, a manutenção em um servidor na nuvem é feita de forma muito mais rigorosa e regular, tornando quase impossível um problema decorrente disso.

Software as a Service

Outra vantagem do playout na nuvem é a possibilidade de contratação do serviço como SAAS (Software as a Service). Nesse tipo de contrato, toda responsabilidade pela manutenção dos servidores remotos e atualização do sistema torna-se da empresa contratada e não mais uma atribuição interna. Por meio de um pagamento periódico, a emissora usa o sistema como um serviço terceirizado. Além de cobrar pela qualidade, isenta-se da responsabilidade de comprar novos equipamentos à medida que a tecnologia evolui, já que o próprio software tem atualizações conforme necessário.

Desafios do playout na nuvem

O grande receio das empresas que cogitam a possibilidade de migrar seus processos para nuvem, além de quebrar o paradigma de fazer TV do modo convencional, é a segurança dos seus dados e a estabilidade da conexão. Em ambos, é compreensível tal dúvida, porém os Datacenters, Telecoms e empresas envolvidas com a prestação deste tipo de serviço apresentam soluções com alta confiabilidade na entrega. Isso porque a tecnologia empregada para a transmissão de dados segue um protocolo diferente da comum. Inclusive, há estudos e pesquisas dedicados exclusivamente a encontrar mecanismos de segurança para sistemas como esse.

Digilab e Embratel juntas

Para garantir a melhor entrega para os clientes do playout na nuvem da Digilab, a empresa uniu-se a uma das maiores empresas de telecomunicações do país, a Embratel. A parceria é inédita no Brasil para oferecer serviços desse tipo e foi anunciada oficialmente durante a SET Expo 2018, em São Paulo. Além do Playout na nuvem, as empresas também lançaram o cloud Transcoder.

A parceria entre Digilab e Embratel surgiu graças à força que a empresa de telecomunicações impõe, aliada à expertise e experiência da desenvolvedora de soluções para o mercado de TV. O produto foi desenhado pensando na necessidade das empresas que querem ao mesmo tempo enxugar operações, porém têm a necessidade de chegar a mais lugares e em diferentes plataformas. Com o playout na nuvem, surge a oportunidade para que as grandes empresas gerenciem conteúdo de maneira eficiente em dezenas de formatos. Já para as menores, é a chance de começar a operar mesmo sem a aquisição de equipamentos caros. Para ambas, é a certeza de que a transmissão de dados será feita de forma segura, eficiente e com menores custos.

Caso tenha interesse em saber mais sobre o assunto ou queira conversar conosco sobre o produto, entre em contato!

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